Dinamarca não exclui agressão russa e fala em "ataque sério"

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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUR) denunciou hoje atos de tortura, incluindo violência sexual, realizados de forma “generalizada e sistemática” pelas autoridades russas contra civis detidos em territórios ucranianos ocupados.
Num relatório hoje divulgado, os investigadores da ONU referem que 92% dos 216 civis libertados desde junho de 2023 e que foram entrevistados fizeram “relatos consistentes e detalhados de tortura ou maus-tratos durante o cativeiro”.
Os civis entrevistados descreveram “espancamentos severos com vários instrumentos, como paus e bastões, choques elétricos em várias partes do corpo [e] simulações de execuções”.
Muitos relataram também ter sofrido ameaças de morte e de violência contra si ou contra um ente querido e descreveram condições precárias de detenção, incluindo falta de alimentação e de assistência médica adequada, e, na maioria dos casos, as suas famílias ficaram sem informações sobre eles e desconheciam o seu paradeiro.
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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse esta manhã que não pode “excluir de forma nenhuma” que a Rússia seja a culpada pela entrada de drones no seu espaço aéreo, nesta segunda-feira.
“Vimos drones na Polónia que não deviam ter estado lá. Vimos atividade na Roménia. Vimos violações do espaço aéreo estónio. Vimos ataques de hackers em aeroportos europeus no fim de semana. Agora houve drones na Dinamarca, e parece que também houve drones em Oslo e na Noruega”, descreveu, em declarações a jornalistas citadas pelo The Guardian. “Por isso, só posso dizer que, na minha perspetiva, este é um ataque sério a infraestruturas críticas dinamarquesas”.
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O avisamento de drones de grande porte no espaço aéreo da Dinamarca, que levou à suspensão do tráfego aéreo nos aeroportos de Copenhaga e de Oslo, está a ser investigado e já levou a primeira-ministra Mette Frederiksen a classificar o incidente como “o ataque mais sério à infraestruturas críticas dinamarquesas até à data”, em declarações à televisão TV2 citadas pelo The Guardian.
“Isto diz alguma coisa sobre os tempos que vivemos e aquilo com que, enquanto sociedade, temos de estar preparados para lidar”, disse, acrescentando que as autoridades não estão a “excluir nenhuma opção” quanto aos responsáveis. “É claro que isto encaixa nos desenvolvimentos que vimos recentemente com outros ataques de drone, violações do espaço aéreo e ataques de hackers em aeroportos europeus”, sugeriu, numa aparente referência à entrada recente de drones russos no espaço aéreo polaco.
As autoridades dinamarquesas e norueguesas estão em contacto e a investigar o episódio. Entretanto, Volodymyr Zelensky revelou no site da Presidência ucraniana que discutiu, num encontro com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, as “violações russas do espaço aéreo de membros da NATO, incluindo Copenhaga”.
“O Presidente frisou que se não houver uma resposta firme dos aliados a estas provocações a Rússia continuará as suas ações de agressão, testando os países europeus e da NATO”.
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Marcelo Rebelo de Sousa será o 11.º chefe de Estado a discursar no debate geral da 80.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, na sua última vez enquanto Presidente da República.
Marcelo discursa pela sexta e última vez na Assembleia Geral da ONU
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A Hungria recusa parar de comprar petróleo à Rússia, apesar de a Casa Branca ter exigido que os membros da NATO o façam. A garantia é dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, dizendo que de outra forma não será possível “assegurar um fornecimento seguro [para a Hungria”.
Em entrevista ao The Guardian, à margem da assembleia geral das Nações Unidas, o governante diz que seria “bom sonhar” com a compra de petróleo e gás de outro país, “mas só se pode comprar a partir de onde há infraestruturas para isso”. Por isso, a compra de combustíveis é “uma questão puramente física”, frisou.
O aviso surge depois de Trump ter condicionado a imposição de novas sanções à Rússia a uma paragem total de compra de combustíveis por parte da NATO: “Estou pronto para aplicar grandes sanções à Rússia quando todos os países da NATO concordarem e fizerem o mesmo, e quanto todos pararem de comprar petróleo à Rússia”, escreveu nas redes sociais.
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Bruno Cardoso Reis diz que não se esperam desenvolvimentos significativos na reunião entre Trump e Zelensky, no entanto, o historiador refere que mostra que os Estados Unidos priorizam este tema.
Ouça aqui o episódio na íntegra.
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Os Presidentes dos EUA e da Ucrânia vão encontrar-se esta terça-feira em Nova Iorque à margem da conferência geral das Nações Unidas. Trata-se do quarto encontro presencial entre os dos chefes de estado no último ano.
A informação foi confirmada na segunda-feira pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt
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Bom dia, abrimos este liveblog para acompanhar as principais notícias sobre a guerra na Ucrânia, num dia depois de os EUA terem reafirmado que “vão defender todos os centímetros do território da NATO”, em reação à violação do espaço aéreo da Estónia.
observador